Dor na coluna: diferença entre dor postural e doenças mais graves

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Mão de uma pessoa segurando a região lateral das costas, que está vermelha e inflamada.

Sentir dor nas costas ao final de um dia de trabalho ou após longos períodos em pé parece algo comum. Muitas pessoas associam esse incômodo apenas ao cansaço, sem imaginar que ele pode ser um sinal de alerta

A coluna é a estrutura que sustenta o corpo, e pequenas sobrecargas do dia a dia podem gerar desde dores posturais até condições mais complexas que exigem atenção médica.

Neste texto, você vai entender quando a dor pode ser apenas consequência da rotina e quando ela indica a necessidade de avaliação ortopédica.

Quando a dor na coluna é apenas postural?

As dores posturais estão entre as queixas mais frequentes nos consultórios de ortopedia e fisioterapia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10% da população mundial terá dor lombar ao longo da vida, sendo a má postura um dos fatores mais associados ao problema.

Essas dores geralmente:

  • Surgem no fim do dia, após permanecer muito tempo sentado ou em pé.
  • Melhoram com repouso, alongamentos leves ou mudança de posição.
  • Estão relacionadas a fatores como sedentarismo, colchão inadequado, excesso de peso da mochila ou até movimentos repetitivos.
  • Não costumam causar formigamento, perda de força ou irradiação para braços e pernas.

Quando a dor aparece em situações específicas e melhora com pequenos ajustes, é possível que seja apenas consequência de sobrecarga postural.

Pequenos hábitos que sobrecarregam a coluna

O estilo de vida moderno tem grande impacto sobre a saúde da coluna. Com o aumento do tempo em frente ao computador e a redução da atividade física, a sobrecarga postural se tornou mais frequente.

Entre os principais fatores de risco, destacam-se:

  • Postura inadequada no trabalho: inclinar-se sobre a mesa, apoiar o peso em apenas um lado do corpo ou sentar-se sem apoio lombar.
  • Sedentarismo: músculos fracos sustentam menos a coluna, aumentando a chance de dor.
  • Colchão e travesseiro ruins: noites mal dormidas comprometem o alinhamento da coluna.
  • Carregar peso de forma errada: mochilas pesadas em apenas um ombro ou caixas erguidas sem flexionar os joelhos.
  • Movimentos repetitivos: tarefas domésticas ou profissionais que exigem sempre o mesmo gesto corporal.

Cada um desses fatores parece pequeno isoladamente, mas quando somados ao longo do tempo, podem levar a dores frequentes e até crônicas.

Quando a dor na coluna pode ser algo maior?

Embora muitas dores estejam relacionadas a questões posturais, é importante reconhecer sinais de que a situação pode ser mais séria. Segundo estudos publicados no Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy, quadros de dor persistente merecem investigação, pois podem estar associados a hérnia de disco, espondilose, estenose lombar ou outras doenças degenerativas da coluna.

Procure um ortopedista se notar:

  • Dor que não melhora após algumas semanas.
  • Sintomas que pioram à noite ou atrapalham o sono.
  • Formigamento, dormência ou perda de força em braços ou pernas.
  • Dor irradiada, que “desce” para a perna (ciatalgia).
  • Histórico de traumas ou quedas recentes.
  • Limitação para realizar atividades simples, como caminhar ou subir escadas.

O cuidado individual faz toda a diferença

Cada paciente tem um histórico e uma rotina próprios. Por isso, não existe um tratamento único para dor na coluna. No Centro Coluna Dor (CCD), a abordagem começa com a escuta: entender em quais momentos a dor aparece, quais hábitos podem estar relacionados e como ela afeta o dia a dia.

O objetivo é não apenas tratar a dor, mas evitar que ela evolua para limitações maiores.

Por que não ignorar a dor postural?

Ignorar uma dor recorrente na coluna pode trazer consequências sérias. Um estudo publicado na Lancet Rheumatology em 2020 mostrou que dores lombares persistentes são a principal causa de incapacidade no mundo, afetando a qualidade de vida e a capacidade de trabalho de milhões de pessoas.

Cuidar cedo significa preservar não só a saúde da coluna, mas também a autonomia e o bem-estar no futuro.
No Centro Coluna Dor, o cuidado vai além da análise clínica: envolve também compreender a rotina, os movimentos e as necessidades de cada pessoa. Porque quando o tratamento é individualizado, os resultados fazem muito mais sentido.